Artigos
Gênero nas negociações climáticas: história, disputas e o Plano de Belém
Entre 10 e 21 de novembro, durante a COP30, em Belém, Brasil, uma divergência central na definição do termo gênero travou as negociações do novo Plano de Ação de Gênero (Gender Action Plan, GAP, em inglês). Países mais conservadores, como o Irã, a Rússia e a Argentina, pediram uma versão baseada em um gênero biológico binário, classificado como masculino ou feminino, sem menção a papéis sociais e desigualdades estruturais entre homens e mulheres. O termo é visto como controverso devido às suas múltiplas interpretações, influenciadas por diferentes tradições, religiões e identidades de gênero, o que acaba criando campos opostos que têm dificuldade em dialogar sem conflitos. Gênero acaba caindo no campo de conceitos, como muitos chamam, de forte carga política.
Mulheres, Paz e Segurança... E Mudanças Climáticas
Ao discutir a relação entre a agenda "Mulheres, Paz e Segurança" (MPS) e a mudança climática, devemos ter em mente duas premissas: primeiro, que a mudança climática e a segurança são questões de gênero e, segundo, que a mudança climática é um multiplicador de riscos à segurança que também deve ser considerado uma questão de segurança. Este artigo explora a inclusão de ameaças causadas por um clima global de constante mudança dentro do quadro de MPS no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) e o que isso poderia significar para o futuro da segurança climática e de gênero.
Igualdade de Gênero e Ação Contra as Mudanças Climáticas
É essencial que a justiça climática seja atingida para a igualdade de gênero, pois um futuro sustentável, como almejado pelos líderes mundiais, depende disso.